*As minhas desculpas aos Sortilegiis já que quando cheguei já tinham actuado*
Afigurava-se uma noite chuvosa quando
chego à República da Música, em Alvalade, devido aos chuviscos
que se faziam sentir. Nada que afectasse a noite que se viria a
seguir. Entro na República pouco antes dos Seven Stitches começarem
a sua actuação. A introdução épica da música “Room” abre as
hostilidades. A banda encontra-se a promover o seu primeiro álbum e
mais recente lançamento com o sugestivo nome “When the hunter
becomes the hunted”. Os Seven Stitches debitaram o seu Thrash/Death
Metal de riffs cortantes pontuado por um registo vocal que assume um
tom baixo, o que se torna interessante, já que não é um registo
muito habitual, fazendo lembrar, por vezes, o estilo que Mark
“Barney” Greenway dos Napalm Death adoptou em certos momentos da
carreira. Actuação poderosa ao qual não será alheia a experiência
em palcos internacionais, como por exemplo, a participação no
Wacken Open Air na edição do ano passado. A meio da actuação, Xinês, o
baterista dos Switchtense, surge em palco para colaborar nos vocais
na música “Ultimate Devastation” reforçando ainda mais a
ferocidade da música. “Until you get dry” finaliza a grande
actuação da banda de Grândola. Foi um dos últimos concertos da
banda, pelo menos, no que se refere a este ano, já que Pica, o
vocalista, anunciou a interrupção da actividade a nível de
concertos para a banda se concentrar no processo de construção do
próximo álbum.
Setlist dos Seven Stitches
1. Room
2. From the Sky
3. Sweet Sound of Decadence
4. Face to Face
5. Ultimate Devastation (com a participação de Xinês, baterista dos Switchtense)
6. Until You Get Dry
Os Switchtense começam a sua actuação
de forma devastadora com “Second Life” dando lugar a uma actuação
muito intensa e enérgica. A banda encontra-se desde o ano passado a
promover o seu mais recente longa duração e segundo álbum da
carreira “Switchtense”. A “State of Resignation” é
dedicada, pelo vocalista da banda, Hugo Andrade, de forma
bem-humorada, a Cavaco Silva, essa figura "eterna" da política
portuguesa. Na música “The Legacy of Hate” dá-se a entrada de
Pica, vocalista dos Seven Stitches, reforçando os vocais e desta forma, “saldava a
dívida” para com Xinês, baterista dos Switchtense. Grande
concerto demonstrando também a elevada experiência a nível de
palco tanto a nível interno como a nível internacional que a banda tem. “Infected
blood” finaliza a excelente actuação.
Setlist dos Switchtense
1. Second Life
2. Face Off
3. Into the Words of Chaos
4. Unbreakable
5. State of Resignation
6. Concrete Walls
7. The Legacy of Hate (com a participação de Pica, vocalista dos Seven Stitches)
8. This is Only the Beginning
9. Infected Blood
Os Mindlock entram em força com
“Firekiss”. Ao longo da actuação nota-se que o colectivo de
Faro tem largos anos de experiência, mais concretamente, desde os
anos 90, nestas lides, pelo entrosamento e à vontade demonstrado em
palco. A personificação de uma certa angústia e desespero na interpretação de certas músicas por parte do vocalista, Carlos V., é impressionante. Continuam a promover o álbum “Enemy of Silence” de 2010.
Desta feita aproveitaram esta actuação para estrear ao vivo uma
nova música, “Hellusion”. Na última música do concerto,
“(U)Mans”, sobem ao palco dois elementos da audiência, no que
parece ter sido uma atitude completamente espontânea e estimulada
até pela banda, para se juntarem a esta com a particularidade do
elemento mais novo ter a oportunidade de tocar a guitarra de
Francisco Aragão, na parte final da música dando ao concerto e a
esta noite de festa um final apoteótico e bem merecido.
Setlist dos Mindlock
1. Firekiss
2. Stubborn by Nature
3. Blockage
4. Demons
5. Alcohol Ecstasy
6. Sing like you were dead
7. Hellusion
8. Beneath the underground
9. I am war
10. Manifesto
encore:
11. Unleashed
12. (U)Mans
A noite prosseguiu com o DJ António
Freitas ajudando os presentes a recuperarem da "ressaca" deste
grande festival.
Uma noite memorável onde se destacou o grande espírito de camaradagem
entre as bandas e um óptimo ambiente vivido. Mais uma prova (entre
muitas outras) de que as bandas portuguesas estão ao nível do que
melhor se faz no Mundo neste estilo musical. A repetir...
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