Pedra de Metal

domingo, 28 de novembro de 2010

LIVE REPORT - Katatonia - 26 de Novembro - Incrível Almadense


A história dos Katatonia já os levou pelos caminhos do doom, goth, dark, depressive rock e outros tantos, mas mais simples do que categorizar a sonoridade da banda sueca é apreciar uma das suas imaculáveis exibições, como o Pedra de Metal foi constatar à Incrível Almadense.

Pouco passava das 21h quando os Before the Rain mostravam o seu poderoso doom metal fazendo lembrar o que os Paradise Lost fizeram na primeira metade dos anos 90. Uma actuação poderosa que serviu para aquecer o ambiente numa noite bem fria de Novembro. A nova encarnação da banda tem um poder renovado devido à adição de uma terceira guitarra (a do vocalista) permitindo assim uma maior liberdade ao lead, que conseguiu fazer-se ouvir perfeitamente por cima de uma secção rítmica arrebatadora. Uma banda nacional que atingiu a maturidade necessária para o consumo internacional.

Os Katatonia entram em palco cerca de um quarto de hora depois das 22h e a sua actuação será marcada pelo desfile de clássicos com foque especial para os seus últimos três álbuns. Começaram com “Day and then the shade” do seu mais recente album “Night is the New Day” prosseguindo com “Liberation”, “My twin”, “Onward into battle” e “The longest year” a uma multidão, nesta altura, já rendida ao quinteto.

Podemos identificar como pontos altos da actuação, que já de si foi um ponto alto, a fantástica “Teargas” culminando no apogeu que se deu com “Ghost of the Sun” que colheu a reacção mais eufusiva da noite. Seguiu-se a “Criminals” com o seu fantástico refrão e a “July” que marcaria a “falsa” despedida dos Katatonia já que regressariam para um encore após insistência do público.



Iniciaram encore com a excelente “For my demons” prosseguindo com “The forsaker” e encerrando a sua actuação com a “Leaders”, perante um público que claramente os via como tais, tendo-se prostrado perante a banda ao longo de toda a noite.



Uma excelente actuação (não notei falhas técnicas), uma banda extremamente coesa e entrosada, com um grande ambiente criado entre a banda e o público e com uma grande entrega de ambas as partes. Jonas P. Renkse repetiu ao longo da noite que era bom estar de volta. Nós dizemos o mesmo: sejam bem-vindos e apareçam sempre!



Este artigo foi escrito com auxílio deste site e em colaboração com Carlos Afonso Monteiro.

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