Pedra de Metal

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

PEDRAGULHO - Another Perfect Day "The Gothenburg Post Scriptum"


Há bandas que não têm qualquer problema em mostrar as suas principais influências à flor da pele, e parece ser esse o caso dos germânicos Another Perfect Day. Com este primeiro álbum de longa duração, ‘The Gothenburg Post Scriptum’, a banda lança-se como um projecto de Death Metal Melódico dentro do arquétipo sueco, não deixando de fora as outras influências do seu mentor – Kristian “Kohle” Kohlmannslehner – que chegam a levar a música para os recantos da progressão.

Os Another Perfect Day formaram-se em 1993, e até à separação dos membros originais da banda em 1999 lançaram um demo (1994) e um EP (1997). Em 2005 Kohle, conhecido também como o dono dos estúdios Kohlekeller, retomou os APD como um projecto a solo, convidando diversos artistas alemães a trabalhar com ele. O resultado é este primeiro lançamento oficial, que tem a chancela da germânica Supreme Chaos Records. Para além de compositor, Kohle desempenha a função de guitarrista, baixista e vocalista, com a bateria a cargo de Sascha Schiller dos Solar Fragment.

Enquanto vocalista Kohle tem um registo gutural cavernoso que baste, mas três convidados e as suas vozes melódicas dão uma maior dinâmica às faixas, que podem ser caracterizadas pela mistura de peso, melodia, ritmo e profundidade. Os vocalistas convidados são Karsten "Jagger" Jäger (dos Disbelief), Arno Menses (dos Sieges Eleven e SubSignal) e ainda o sueco Dan Swanö, conhecido pelo seu papel em bandas como Bloodbath, Edge of Sanity, Nightingale e Katatonia entre outras.

Entrando pelo álbum há um pouco para todos os gostos, desde a rápida e contagiante ‘The Matador’ à balada ‘The Great Nothing’. Das nove faixas, oito foram escritas especificamente para este lançamento e a última, ‘Composition in Black’, foi recuperada do EP homónimo de 1997. Não é um lançamento recomendado apenas aos fãs de Death Metal, seja ele melódico ou não; Another Perfect Day apresenta-se como uma banda que consegue expandir bastante o seu som para além das suas influências de base, podendo por isso mesmo apelar até mesmo a quem seja alheio ao género.

Kohle não tem de momento planos para levar os APD em digressão, citando como principal razão a sua dificuldade em manter a voz por períodos longos de tempo, mas já está a escrever novo material para um EP a ser lançado na segunda metade de 2011.

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