Pedra de Metal

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

ENTREVISTA - Tales For The Unspoken


Os Tales For The Unspoken lançaram este ano o seu primeiro registo discográfico a que deram o nome de "Alchemy". O Pedra de Metal esteve à conversa com Miguel e Guilherme, guitarrista e baixista respectivamente, a fim de conhecer melhor esta banda multicultural.


PdM - Em género de apresentação e sendo uma banda com membros de várias nacionalidades, como se conheceram?

Mike: Antes de mais, obrigado por nos concederem esta entrevista. Somos uma banda oriunda de Coimbra, já com 3 anos de existência, composta por elementos que partilham o gosto pelo metal e adoramos fazer música independentemente do estilo. Penso que os Tales for the Unspoken têm tantas nacionalidades por Coimbra se tratar de uma cidade universitária, que atrai estudantes de países irmãos de Portugal como Moçambique, Cabo Verde, Angola, Brasil, Macau etc. Foi uma mera coincidência reunir tantas nações numa só banda. Simplesmente fomos respondendo a anúncios, tentando reunir mais pessoas que estivessem interessadas em formar uma banda e levar a sério. O meio do metal aqui é muito pequeno, todo mundo se conhece, então não havia muitas opções! hehehe

PdM - E como chegaram à ideia de formar uma banda?

Guilherme: Os Tales for the Unspoken, não começaram de uma hora para outra. O Nuno e um colega, o André Lopes (ex-vocalista dos TFTU), uniram-se para fazer música com influências de metal. Decidiram então chamar o Mike para a banda, ele e o Nuno já tinham tocado juntos em outros projectos. Depois passaram muitas pessoas pela banda, mas tudo a curto prazo. Foi quando eu vi um anúncio à procura de baixista e respondi. Logo em seguida entrou o Sérgio e nesse momento é que a banda começou oficialmente a chamar-se Tales for the Unspoken e a compor algumas das músicas que temos hoje.


PdM - “Tales For The Unspoken” é um nome invulgar… alguma razão em especial para este nome?

Mike: Após a estabilidade a nível de formação surgiu a necessidade, natural, de procurar um nome que nos identificasse enquanto banda. Não foi fácil, mas conseguimos chegar a este nome que vai de encontro à originalidade e criatividade que procuramos enquanto músicos.

PdM - Notam alguma dificuldade por serem uma banda oriunda de Coimbra?

Guilherme: Sabemos que o panorama do metal em Portugal, apesar de estar em forte crescimento, ainda está longe de ser grande como noutros países. Falando de Coimbra… tudo se torna mais complicado ainda. Apesar de termos muito apoio dos espaços onde se fazem concertos e do nosso público, não podemos ficar aqui para sempre. Estamos a tentar expandir para outros locais, já tocamos em Lisboa, Porto, Guarda, Covilhã, em muitas outras localidades espalhadas pelo país e a recepção tem sido boa. Mas sim, temos muitas dificuldades em estar num local onde o metal não tem uma expressão muito forte.

PdM - É normal rotular as bandas com um ou outro estilo… Mas mais importante, como é vocês definem o vosso som?

Guilherme: Pode parecer cliché, mas apenas nos vemos como uma banda metal, gostamos de misturar influências e estilos nas nossas músicas, por isso cada uma tem uma personalidade. É difícil rotular o nosso som, acho que muitas bandas têm o mesmo problema. Mas já disseram que somos thrash, outros disseram que somos death melódico. O melhor é deixar que cada um aprecie enquanto música e deixar de lado o “rótulo”.


PdM - “Alchemy” é o vosso primeiro álbum longa duração, como está a ser a aceitação? Quais as opiniões que já vos deram?

Guilherme: Em geral tivemos boas críticas, sabemos que somos uma banda recente e que temos que conquistar o público, não vai ser apenas com um álbum que o iremos fazer. Mas posso dizer que a maioria das críticas foram positivas e justas, pois também sabemos que algumas coisas poderiam ter corrido melhor mas mediante as condições que na altura dispúnhamos, foi o que conseguimos fazer. O álbum rendeu muitas entrevistas, participação em colectâneas, reviews. Estamos orgulhosos deste álbum, pois tem muito trabalho envolvido e foi totalmente independente. Apenas assinamos com uma editora para a distribuição e divulgação que, sinceramente, não tem feito muito por nós.

PdM - Qual foi a vossa inspiração para este disco?

Guilherme: Acho que a maior inspiração foi sempre querer ver a banda crescer e isso nos uniu muito desde o começo. Queríamos ver o nosso álbum na rua, mostrar o nosso trabalho e a nossa música. E fizemos todos os esforços para isso e conseguimos. Agora quanto à inspiração musical é mais complicado de explicar, são cinco pessoas com estilos de vida algo diferentes e as experiências de cada um acabam por se reflectir na música que criamos.


PdM - Como é que os vossos fãs podem adquirir “Alchemy”? Também têm merchandise disponível?

Guilherme: Podem adquirir directamente com a banda no nosso site www.talesfortheunspoken.com ou no site da editora Casket Music. Quanto ao merchandising temos t-shirts e patches, isso é directamente com a banda pelo site. Mandem email que tratamos de tudo!

PdM - Quais as expectativas que têm para o futuro?

Guilherme: Estamos a trabalhar na divulgação deste álbum e gostaríamos de tocar e divulgar ao máximo por Portugal e no resto da Europa, estamos a aceitar convites para concertos, festivais etc. E em breve devemos lançar um novo vídeo clip para uma música do "Alchemy". E a banda já se encontra novamente em processo de composição.

PdM - Por fim, podem deixar uma mensagem aos leitores do Pedra de Metal?

Guilherme: Espero que gostem do nosso som e que procurem conhecer um pouco mais o nosso trabalho. Continuem a apoiar as bandas de metal e acima de tudo apoiem o bom metal que se faz em Portugal.

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