O Pedra de Metal esteve à conversa com a multi-facetada guitarrista brasileira Monika Reeve. Uma prova que do outro lado do Atlântico o Metal não é apenas dominado por homens.
Pedra de Metal - Quem é a Monika Reeve?
Monika Reeve – Sou uma pessoa que tenho as minhas ambições e não me limito apenas ao metal, gostaria de poder tocar com outros artistas de outros géneros, pois o aprendizado é constante. Mas tenho meu lado agressivo, aquele que gosta de tocar com distorção, peso e velocidade !
PdM - Quando começou o seu gosto pela guitarra?
Monika - Comecei a tocar violão com 11 anos, na verdade eu tenho avós maternos e paternos que foram musicistas, o rock e o metal conheci depois, e passar para a guitarra foi um passo. Nunca gostei muito de cantar, achava chato, no violão eu conseguia me expressar melhor e com a guitarra eléctrica veio as possibilidades de efeitos, ambientes, agressividade e delicadeza.
PdM - Quais as suas maiores influencias?
Monika – Influencia é resultado do momento que se vive, eu posso dizer que muitas bandas pesadas e guitarristas me influenciam de varias formas... mas se for obrigatório nomes, seriam: Satriani (inclusive tem uma musica que se chama satch, que é um apelido dele) Kotzen,Santana,Friedman,Skolnick,Pepeu Gomes, Kiko Loureiro, enfim... Gosto também muito do Mike Stern e do Gambale. E bandas, obviamente a grande maioria de speed e thrash metal.
PdM - Neste momento apenas concertos no Brasil, ou também no estrangeiro?
Monika - Está acontecendo uma negociação com uma turma de Glasgow...se realmente vingar será um projecto ousado. Estou na expectativa, mesmo porque também estou mudando minha morada para São Paulo,onde o circuito é mais intenso e várias situações boas se desenham no horizonte !
PdM - Como está a correr a divulgação no novo trabalho “LEACHED ASHES”?
Monika - Mesuro isso pelo numero de ouvintes da minha pagina no reverbnation, pois Leached é um álbum de estúdio, não o fiz para tocar ao vivo, então continuo mandando emails para algumas rádios on line para colocar na programação, e isso continuará por mais um ano. Tem semanas que toca muito e tem outras que toca menos ! O próprio álbum é ON DEMAND, ou seja, você compra e será enviado um a você, e tem a venda digital, onde você pode escolher as faixas e comprar, além do ringtone, que pode ser colocado como toque de celular. Eu acredito muito nesse novo formato digital, é o futuro e não adianta brigar... ninguém sai do rio nadando contra a corrente, você só chegará na margem se for a favor dela... As rádios webonline vieram pra ficar, definitivamente. E quem gosta de musica ouve na radio e compra, seja físico ou digital.
PdM - Qual a sua musica favorita e porquê?
Monika - Na verdade duas : Stomp 76 pois fala de um problema social brasileiro que as autoridades gostam de fingir que não existe: o pobre. E a St. Daime, que além de ter para mim, o melhor solo do disco, tem uma letra ácida, falando directamente para aqueles que preferem não se comprometer com várias coisas... por isso o refrão diz: mais chá, mais chá - em uma alusão ao Chá do Daime, alucinogéno.
PdM - Alguma vez deu algum concerto em Portugal?
Monika - Infelizmente não, mas quase aconteceu la pelos idos de 2000, com uma de minhas ex bandas, pois contacto com zines e revistas em Portugal é algo antigo ! Lembro-me muito bem da Thrash publishing, que não sei se eles ainda estão na activa...e tinha algumas boas bandas também, como os Requiem Laus. Sei que os portugueses são muito organizados. Também recebo as news do festival de Barrosellas.
PdM - Uma mensagens para quem vai ler esta entrevista no Pedra de Metal
Monika – Gostaria de agradecer a oportunidade de mais uma vez fazer divulgação em Portugal, terra esta que sempre me acolheu bem, seja em revistas, zines, ou rádios. Todos os portugueses estão convidados a visitar minha pagina no reverbnation para ver que nem só de samba vive o Brasil ! hahaha e para os que possuem uma radio on line, sintam-se a vontade para colocar uma música na programação. www.reverbnation.com/monikareeve
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