ENTREVISTA - Hang The Traitor

Oriundos da Margem Sul de onde emergem regularmente para brindar os palcos nacionais e não só com o peso do seu som, os Hang The traitor lançaram recentemente o seu primeiro EP, "Hunt For Blood", e após os ver várias vezes ao vivo o Pedra de Metal entrevistou o guitarrista Galileu Tavares.

PdM - Como se formaram os Hang The Traitor? Parecem ser uma formação com influências bastante diversas.

Galileu - A banda que vemos hoje em dia pode-se dizer que começou em 2006. Com a ajuda do estúdio onde ensaiamos foi possível entrar em contacto com diversos músicos que experimentamos e daí até termos alguns debaixo de olho não demorou. Mas formação em si demorou até estar completa. Isto porque queríamos que todos estivessem bem conscientes do trabalho, esforço, e dedicação que é necessário, para levar uma banda a sério, além do próprio feitio que tivesse… Depois de termos a formação completa veio a surpresa – cada membro tinha preferências musicais diferentes uns dos outros (O que em termos de composição acaba por ser excelente para nós) mas mais tarde percebemos que isso não viria a ser um problema…



PdM - Começam a surgir-vos cada vez mais oportunidades de tocar em Espanha, e pouco a pouco começam a aparecer em Portugal mais bandas espanholas. Será este intercâmbio uma tendência?

Galileu - Acaba por surgir esta tendência porque tal como cá, existem imensas bandas espanholas que querem divulgar ao máximo a sua sonoridade. Se puderem vir tocar ao nosso país chega a ser melhor para eles. Da nossa parte não temos problemas de tocar seja onde for (desde que tenhamos certas condições) e quando estas oportunidades surgem tentamos sempre aproveitar…

PdM - Afinal de contas o que tocam os HTT? Como definem o vosso som?

Galileu - Tocamos principalmente para nos agradar a nós mesmos, mas ao mesmo tempo juntamos sempre as influências de cada um. Aí sim começa a confusão e o trabalho a sério porque tentamos misturar Death com Thrash, Speed, Black, Hardcore, Punk, Groove, etc. Depois pegamos nas características que nos agrada em cada género e tentamos fazer qualquer coisa diferente. Como podemos definir o nosso som assim?... Bruto.



PdM - Quem é o traidor? Em Portugal há muitos…

Galileu - O Traidor… Podemos dizer que tem mesmo a ver com uma pessoa que na altura quase não podíamos ouvir falar. Na altura passaram-se certas situações menos boas mas hoje em dia já todas as divergências e hostilidades foram postas de parte.

PdM - E porquê um nó de forca e não uma cadeira eléctrica? Um pelotão de fuzilamento? Veneno, sei lá, há tantas maneiras…

Galileu - Existem várias maneiras e todas elas quando bem utilizadas são eficazes mas a forca evoca bastante sofrimento… E isso é algo que tentamos trazer sempre que tocamos.



PdM - A vossa actuação envolve sempre uma energia altamente enraivecida mas ainda um tirinho ou outro de comédia e bom humor. Isto foi algo pensado desde o início ou evoluiu ao longo do tempo?

Galileu - Não. Nunca foi planeado. Quando trabalhamos em estúdio aí sim trabalhamos bem a sério para que esteja tudo conforme as nossas expectativas. Mas depois ao vivo é tudo muito espontâneo, selvagem e improvisado na hora… Variam as situações que nós próprios criamos ou que acontecem, mas não a intensidade, isso damos sempre o nosso melhor.

PdM - Trocaram recentemente de baterista. Foi uma separação amigável?

Galileu - Sim, quanto a isso não houve problemas. É algo que qualquer banda nunca ter de passar mas infelizmente teve mesmo de ser. Separamo-nos porque a situação pessoal em que ele se encontrava no trabalho não o permitia tocar ao vivo… Saia muitas vezes depois das 23 ou mesmo á meia-noite aos fins-de-semana, e para tocar longe assim era impensável para nós.



PdM - Que “canais” existem onde os vossos fãs e interessados vos possam acompanhar?

Galileu - Quem estiver interessado em contactar a banda ou quiser seguir o que andamos a fazer pode, e deve fazê-lo através do nosso Myspace, das páginas que temos no Facebook ou pelo Reverbnation.

PdM - Já têm disponível o vosso primeiro EP, “Hunt For Blood” como é que é possível adquiri-lo?

Galileu - Neste momento o nosso EP pode ser adquirido nos locais onde estivermos a tocar ao vivo que tentamos arranjar sempre uma banca para poder tratar disso, ou então, enviando um email para hangthetraitor@gmail.com com todos os dados relativos á morada o tamanho que queira etc. para depois ser enviado á cobrança.



PdM - Que outro merchandize têm já disponível?

Galileu - Também temos T-shirts. Já pensamos em fazer outras coisas mais variadas mas por enquanto só temos mesmo o EP e as T-shirts.

PdM - E que concertos e outras novidades poderemos aguardar para os próximos tempos?

Galileu - Os concertos que temos agendado e os que ainda estão aí a vir (ainda sem confirmação) servirão para apresentação do nosso EP e para dar a conhecer a banda a quem ainda não nos tenha visto ao vivo… Esperamos sempre poder fazer isso para o máximo de pessoas possível mas somos bem realistas e sabemos que não depende só de nós.Temos imensas ideias a médio longo prazo do que poderemos vir ou não fazer mas de momento não vamos adiantar muito mais sobre isso porque quanto mais adiantarmos, menor será a surpresa...