Por vezes é necessário mudar-se algo para que se mantenha uma existência com objectivos. De aparência totalmente diferente, GRUNT é o resultado da nova era dos já extintos Fetal Incest. A banda portuense de grind’n’roll, após ter sofrido tal metamorfose em 2010, surpreende com “Scrotal Recall” o seu álbum de estreia carimbado pela Bizarre Leprous Produtions. O guitarrista Boy-G não só explicou-nos a lógica desta mudança, mas também que existe um caminho com ambições.
PdM – Após o fim da linha dos Fetal Incest, que tipo de olhar passaram a receber das pessoas?
Boy-G - Ainda não deu para entender bem quais as ideias que o público tem retido sobre GRUNT, a nossa actividade ao vivo de promoção do "Scrotal Recall" só se acentuará em meados de Junho. É no entanto notório, que os GRUNT são encarados como uma surpresa e sobretudo como um projecto com potencial.
PdM – O que é que vos levou a tomarem a decisão de por fim a um projecto e começarem logo outro dentro do mesmo género e com a mesma formação?
Boy-G - Não se trata exactamente de um fim/início, existe uma continuidade do trabalho que já tínhamos desenvolvido. Aquilo que fizemos foi criar um novo revestimento que se traduzisse numa unidade mais versátil e que comunicasse de forma inequívoca o conceito que molda os GRUNT.
PdM – Foi uma mudança inevitável?
Boy-G - Inevitável não diria, mas foi crucial para o cumprimento dos objectivos que estabelecemos para GRUNT.
PdM – Com esta alteração, os GRUNT vieram então para ficar?
Boy-G - A continuidade está sempre dependente de vários factores que ao longo do tempo se podem alterar. Mas não existem planos para extinguir a banda, antes pelo contrário.
PdM – Em palco e nas fotos que tiram, recorrem sempre ao vestuário em látex. Significa que liricamente o culto do látex e do Bondage Sadomaso são assuntos abordados com frequência?
Boy-G - GRUNT encerra em si vários elementos provenientes de vivências pessoais e incursões pelo mundo BDSM, que é um conceito quase indissociável da banda. A nível de conteúdo lírico, as ideias são por vezes elevadas a extremos de promiscuidade e degradação sexual que ultrapassam largamente a prática Bondage, abordando "fenómenos", por vezes, indescritíveis, que de uma forma ou outra já testemunhamos no nosso percurso como banda ou individualmente.
PdM – A ideia de terem um baterista/vocalista serve, também, para dar um aspecto em palco ainda mais original?
Boy-G - Nem por isso, até porque o baterista acaba por ter menos visibilidade física quando se trata de performances ao vivo. A preocupação foi sobretudo a nível musical. O pretendido foi criar uma simbiose gutural entre as duas vocalizações, que encaixasse nos temas e os fizesse soar ainda mais massivos e viris.
PdM – A Europa de Leste é uma zona do globo com muitos adeptos deste estilo e onde bandas como os nossos Holocausto Canibal são grandes ícones e muito acarinhados. Os GRUNT também já estão no mesmo caminho, apesar de serem um projecto mais recente. É o Leste o vosso maior objectivo de mercado?
Boy-G - Não estamos a concentrar esforços em nenhum território em particular, mas de facto a Europa central possui um conjunto de países onde o movimento Grind é mais vincado e acaba por ser natural termos uma agenda mais baseada no centro Europeu.
Apesar de não ser o momento correcto, também recebemos um número considerável de propostas para os EUA e alguns para ao México, estando já a ser delineado uma tour no Reino Unido. Teremos portanto uma perspectiva bem mais ampla.
PdM – Assinaram pela editora Checa Bizarre Leprous Productions e lançaram o primeiro álbum, intitulado “Scrotal Recall”. Consideram que há potencial na união entre esta editora e os GRUNT?
Boy-G - A BLP sempre esteve no primeiro lugar do nosso "Top" de editoras, não só pela importância do seu catálogo no movimento Grind, mas também pela força e carisma que granjeou em anos de actividade e em mais de uma centena de lançamentos. Achamos portanto que é uma união frutífera que a seu tempo apresentará resultados.
PdM – Como álbum de estreia, “Scrotal Recall” foi feito para apalpar terreno ou já com uma identidade definida?
Boy-G - Acho que nunca se lança um álbum com o intuito de sondar terreno, daí termos tido a preocupação de redefinir a banda. Os GRUNT estão actualmente devidamente identificados e definidos e tudo o que vier a seguir seguirá uma sequência evolutiva iniciada em "Scrotal Recall".
PdM – Qual é agora o vosso principal objectivo?
Boy-G - Manter os vasos testiculares devidamente drenados, trespassar rabos, aprofundar conhecimentos, tocar ao vivo e muito álcool.
PdM – E agora, para terminar esta entrevista em beleza, pedia uma mensagem dos Grunt para os nossos leitores.
Boy-G - Aos vossos leitores deixo uma mensagem de libertação. Não existe mal nenhum em se ser heterossexual, libertem-se dos preconceitos estabelecidos pela sociedade actual, explorem ideias, criem esquemas e rejeitem tabus, por mais promíscuo que isso possa soar, se a vossa mente imagina o vosso íntimo deseja. Run or Get Fucked!
PdM – Após o fim da linha dos Fetal Incest, que tipo de olhar passaram a receber das pessoas?
Boy-G - Ainda não deu para entender bem quais as ideias que o público tem retido sobre GRUNT, a nossa actividade ao vivo de promoção do "Scrotal Recall" só se acentuará em meados de Junho. É no entanto notório, que os GRUNT são encarados como uma surpresa e sobretudo como um projecto com potencial.
PdM – O que é que vos levou a tomarem a decisão de por fim a um projecto e começarem logo outro dentro do mesmo género e com a mesma formação?
Boy-G - Não se trata exactamente de um fim/início, existe uma continuidade do trabalho que já tínhamos desenvolvido. Aquilo que fizemos foi criar um novo revestimento que se traduzisse numa unidade mais versátil e que comunicasse de forma inequívoca o conceito que molda os GRUNT.
PdM – Foi uma mudança inevitável?
Boy-G - Inevitável não diria, mas foi crucial para o cumprimento dos objectivos que estabelecemos para GRUNT.
PdM – Com esta alteração, os GRUNT vieram então para ficar?
Boy-G - A continuidade está sempre dependente de vários factores que ao longo do tempo se podem alterar. Mas não existem planos para extinguir a banda, antes pelo contrário.
PdM – Em palco e nas fotos que tiram, recorrem sempre ao vestuário em látex. Significa que liricamente o culto do látex e do Bondage Sadomaso são assuntos abordados com frequência?
Boy-G - GRUNT encerra em si vários elementos provenientes de vivências pessoais e incursões pelo mundo BDSM, que é um conceito quase indissociável da banda. A nível de conteúdo lírico, as ideias são por vezes elevadas a extremos de promiscuidade e degradação sexual que ultrapassam largamente a prática Bondage, abordando "fenómenos", por vezes, indescritíveis, que de uma forma ou outra já testemunhamos no nosso percurso como banda ou individualmente.
PdM – A ideia de terem um baterista/vocalista serve, também, para dar um aspecto em palco ainda mais original?
Boy-G - Nem por isso, até porque o baterista acaba por ter menos visibilidade física quando se trata de performances ao vivo. A preocupação foi sobretudo a nível musical. O pretendido foi criar uma simbiose gutural entre as duas vocalizações, que encaixasse nos temas e os fizesse soar ainda mais massivos e viris.
PdM – A Europa de Leste é uma zona do globo com muitos adeptos deste estilo e onde bandas como os nossos Holocausto Canibal são grandes ícones e muito acarinhados. Os GRUNT também já estão no mesmo caminho, apesar de serem um projecto mais recente. É o Leste o vosso maior objectivo de mercado?
Boy-G - Não estamos a concentrar esforços em nenhum território em particular, mas de facto a Europa central possui um conjunto de países onde o movimento Grind é mais vincado e acaba por ser natural termos uma agenda mais baseada no centro Europeu.
Apesar de não ser o momento correcto, também recebemos um número considerável de propostas para os EUA e alguns para ao México, estando já a ser delineado uma tour no Reino Unido. Teremos portanto uma perspectiva bem mais ampla.
PdM – Assinaram pela editora Checa Bizarre Leprous Productions e lançaram o primeiro álbum, intitulado “Scrotal Recall”. Consideram que há potencial na união entre esta editora e os GRUNT?
Boy-G - A BLP sempre esteve no primeiro lugar do nosso "Top" de editoras, não só pela importância do seu catálogo no movimento Grind, mas também pela força e carisma que granjeou em anos de actividade e em mais de uma centena de lançamentos. Achamos portanto que é uma união frutífera que a seu tempo apresentará resultados.
PdM – Como álbum de estreia, “Scrotal Recall” foi feito para apalpar terreno ou já com uma identidade definida?
Boy-G - Acho que nunca se lança um álbum com o intuito de sondar terreno, daí termos tido a preocupação de redefinir a banda. Os GRUNT estão actualmente devidamente identificados e definidos e tudo o que vier a seguir seguirá uma sequência evolutiva iniciada em "Scrotal Recall".
PdM – Qual é agora o vosso principal objectivo?
Boy-G - Manter os vasos testiculares devidamente drenados, trespassar rabos, aprofundar conhecimentos, tocar ao vivo e muito álcool.
PdM – E agora, para terminar esta entrevista em beleza, pedia uma mensagem dos Grunt para os nossos leitores.
Boy-G - Aos vossos leitores deixo uma mensagem de libertação. Não existe mal nenhum em se ser heterossexual, libertem-se dos preconceitos estabelecidos pela sociedade actual, explorem ideias, criem esquemas e rejeitem tabus, por mais promíscuo que isso possa soar, se a vossa mente imagina o vosso íntimo deseja. Run or Get Fucked!
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