Pedra de Metal

sexta-feira, 25 de março de 2011

ENTREVISTA - Scarscythe

Depois de muitas tentativas para conseguir um colectivo trabalhador e empenhado, Flávio Gomes e Fedra Ferreira finalmente conseguiram o que queriam. Originários das Caldas da Rainha, os Scarscythe são devotos do Melodic Death-Metal de recorte escandinavo cheio de técnica. Flávio Gomes(vocalista/guitarrista), na entrevista que nos deu amavelmente, esclarece de que apesar da distância em que se encontra dos restantes elementos, a chama permanece acesa.

Pedra de Metal – Depois deste EP, o que se pode esperar dos Scarscythe nos próximos tempos?
Flávio - Depois do lançamento deste EP, como eu tive que me mudar para Inglaterra, só posso ter uma grande esperança que no futuro, todos os membros desta banda, se reúnam outra vez, mas desta vez num novo país, com novas oportunidades para quem é jovem e tem grandes ambições de lutar por aquilo que mais gosta e quer fazer - música. Enquanto isso não acontecer, e quanto tiver oportunidade de voltar a Portugal para férias, certamente irão haver uns concertos com a nossa presença!


PdM – Todos os elementos da banda são bastante jovens, alguns de vocês terminaram há pouco tempo o ensino secundário, mas que tocam de uma forma muito adulta. Qual a formula para estes resultados?
Flávio -
É uma pergunta difícil! Agradeço o elogio se assim o é…Acho que todos o fazemos pelo grande gosto que temos pela música e seguimos o instinto musical que está dentro de nós, e é claro que não basta só gostar, é preciso treinar muito e também ter uma boa creatividade! Acho que são os principais ‘’ingredientes’’ dessa formula!


PdM – Para além de ti, que és o fundador da banda, juntou-se a guitarrista Fedra Ferreira que é o segundo elemento mais antigo só que não está presente desde os primórdios. Que alterações foram feitas até à chegada dela e dos outros músicos?
Flávio - Foi preciso muito tempo mesmo para encontrar os membros actuais da banda, não viviamos propriamente numa cidade muito grande e o género de metal também não é muito comum na zona… Quanto à banda, não é só preciso músicos competentes para uma banda, mas também bons amigos em que se possa criar um bom ambiente que, por sua vez, vai aumentar a dinâmica da mesma e dar vontade de criar novas músicas, de ensaiar mais etc… e assim evoluir cada vez mais. Eu e a Fedra andámos muito tempo mesmo a tentar encontrar baixista e principalmente baterista. Baixista tivemos dois antes do actual e baterista experimentamos com alguns também mas não deu resultado, até que apareceu o Diogo (baterista) e mais tarde o Ziu (baixista) que não são da zona, mas sim da Marinha Grande, e teve que haver um esforço bem maior de pudermos assim ensaiar todos nas Caldas.

PdM – Com a Fedra como guitarrista, o que não é usual de ver numa banda de death metal portuguesa, achas que se tornou numa imagem de marca ao ponto de encorajar mais mulheres a faze-lo no nosso país?
Flávio - Eu espero bem que sim, pois é sempre bom ver as mulheres a evoluir a esse ponto, e na minha opinião é excelente ver uma mulher a tocar um instrumento tão bem ou melhor que um homem, que é o que estamos habituados a ver. Por isso sim, acho que é uma surpresa para quem vê os nossos concertos, ter uma rapariga na banda a tocar, e sem dúvida algo muito raro nos dias de hoje, principalmente, numa banda de metal.


PdM – Tu deixaste as Caldas da Rainha e encontras-te, neste momento, a estudar em Inglaterra. E contigo longe, que destino irão dar à banda?
Flávio - Estamos a ver se existe a possibilidade de nos juntarmos no futuro outra vez , gerir as condições favoráveis para pudermos tocar e obviamente se isso acontecer, acho que vai haver um grande esforço para tudo continuar a andar para a frente, sem dúvida. Por enquanto estamos em “stand-by”, neste tempo de espera vamos todos treinar mais para melhorarmos a nossa técnica musical e também criar novas músicas… e quem sabe um futuro álbum!

PdM – Como descreves “See You In Hell”?
Flávio - Descrevo o nosso primeiro EP não só como o conjunto de algumas músicas feitas por nós para mostrar o nosso trabalho e aquilo que produzimos como banda mas também é, o resultado duma grande amizade entre todos nós, uma espécie de família mesmo…senão nada disso seria possível, acredita. Todos nós demos o nosso melhor para criar novas músicas, foram muitas horas de ensaios nas Caldas, em Leiria, de um lado para o outro, quer seja a ter ideias para músicas ou simplesmente momentos de menor importância que criaram assim as circunstâncias propícias para a banda andar para a frente. E com esta banda, também tivemos oportunidade de criar um grande circulo de amigos que desde já agradeço a todos eles por estarem sempre por perto a darem o seu apoio! E o resultado foi este nosso EP, que tem 5 músicas e que mostra um pouco do nosso estilo de metal mais melódico que não é muito comum ouvir em Portugal. Espero que possa brevemente ouvir um bom feedback do nosso EP tanto como críticas do mesmo!



PdM – Em cada tema, que composição é que surge primeiro a letra ou a musica?
Flávio-
Varia muito, normalmente costumo fazer as músicas primeiro, e outras vezes as letras, depende da inspiração para qual estou mais virado. Por exemplo, no nosso EP, os temas ‘Buried Memories’ e ‘One of your kind’ já tinham letras antes da composição da música , ao contrário das restantes que foram feitas primeiro a composição da música e depois então as letras.

PdM - Gostava só que deixasses uma mensagem para os leitores da Pedra de Metal.
Flávio - Espero que toda os leitores da Pedra de Metal já tenham ouvido o nosso EP e se não, então façam o favor de ouvir pois caracteriza todo o nosso trabalho e empenho, muitos meses de ensaios e horas a compôr, para trazer algo de bom a nível musical. Demos o nosso melhor e espero que gostem! Acompanhem a Pedra de Metal, pois é uma grande iniciativa por parte de quem ‘a suporta’ e dá a conhecer novas bandas ás pessoas e nos mantêm a par de todas as novidades do metal por todo o mundo! Muito bom mesmo!
Rock on!

Sem comentários: