Ainda a ganhar terreno na Europa, os canadianos THE AGONIST são já um caso raro de sucesso do outro lado do Atlântico. Com apenas quatro anos de carreira, a banda liderada por Alissa White-Gluz – votada por duas vezes como uma das Hottest Chicks in Metal pelos leitores da revista Decibel! – tomaram de assalto os Estados Unidos com «Once Only Imagined». Durante o período de promoção ao seu disco de estreia, passaram quase três anos inteiros na estrada e completaram diversas digressões pelos Estados Unidos ao lado de bandas tão famosas como os The Haunted, Overkill, Enslaved, Epica, Arsis, God Forbid ou Sonata Arctica. Já foram convidados para actuar em localizações tão afastadas do seu país natal como o Japão, Colômbia e México; o vídeo-clip que gravaram para o single «Business Suits And Combat Boots» arrebatou um prémio nos melhores vídeos do ano para os espectadores do Headbanger's Ball em 2007. Em apenas três anos construíram uma base sólida de seguidores e acumularam a experiência necessária para que, hoje em dia, ninguém se atreva a questionar a sua validade. No dia 12 de Novembro, no palco do Music Box, a belíssima Alissa e os seus companheiros vão mostrar um tesouro por descobrir – em estreia nacional!
O crescimento, a todos os níveis, que os THE AGONIST sofreram desde o lançamento de «Once Only Imagined» está bem patente no seu segundo álbum de originais, um passo de gigante em relação ao que tinham mostrado no disco de estreia. «Lullabies For The Dormant Mind» é uma mistura de diversos estilos e estados de espírito, reflexo de uma banda mais madura e que mostra já saber exactamente como atingir os seus objectivos. Para isso contribuiu muito o produtor Christian Donaldson (nome ligado aos Cryptosy) e uma série de convidados, entre os quais se destacam Jonathan Lefrancois-Leduc (dos Blackguard) nas orquestrações e diversos músicos com formação clássica. Seguindo de perto o surrealista conceito visual, misto de beleza obscura e retorcida, criado para o lançamento, o grupo mantém inalteradas as suas veias sinfónica e gótica, aplicando-as ao death metal melódico, ao metalcore mais pesadão, passando até pelo black metal mais atmosférico e épico. O resultado soa como uns Arch Enemy mais obscuros e pesados, com a Amy Lee como vocalista. De personalidade própria bem vincada, apesar de uma fugaz participação da versão canadiana do “Ídolos”, Alissa White-Gluz comanda as tropas com uma voz que faria corar muitos dos seus pares masculinos e afirma um grupo em escalada para o topo do female fronted metal.
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