Pedra de Metal

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

RUSSIAN CIRCLES no Music Box


Musicbox
14 de Março

Abertura de Portas - 21h30
Inicio do Espectáculo - 22H00

Há quem diga que são uma versão mais interessante, dinâmica e envolvente dos conterrâneos Pelican e isso, para quem gosta de pós-rock/metal e continua à procura de alternativas ao óbvio, é dizer muito.

Oriundos de Chicago, os Russian Circles são um trio e fazem música instrumental. Tendo em conta o crescimento que esta tendência muito peculiar tem sofrido ao longo dos últimos anos é cada vez mais difícil encontrar projectos que se afirmem pela inovação. Mais que inovar, o trio formado por Mike Sullivan, Dave Turncrantz e Brian Cook dá ao ouvinte uma visão diferente do que é o instrumetal. As canções são relativamente simples, os três músicos não se perdem em devaneios e, para apimentar as coisas, a música flui de uma forma linear e parece que conta a história de um livro que ainda está por escrever. A narrativa é inspiradora, cria imagens na cabeça e, das melodias mais envolventes aos riffs mais opressivos, vai saltando por dois estados de espírito que, bem vistas coisas, acabam mesmo por completar-se.

Ao contrário do que é comum em bandas que dispensam o input de um vocalista, a música dos Russian Circles sempre soou completa. Os dois primeiros álbuns, «Enter» e «Station», são um exemplo inegável das capacidades de composição do grupo. No entanto, «Geneva» (de 2009), foi um enorme salto em frente em relação a tudo o que tinham feito até então. As canções são mais compassadas, um pouco menos agressivas e, em geral, mostram que – à laia de uns Mono ou Explosions In The Sky – o trio também sabe incorporar como ninguém, melodia nas suas composições.

No entanto, é em concerto que a sua música ganha realmente uma injecção de energia que contagia. Os espectáculos são enérgicos e isso ficou bem provado nas digressões que fizeram ao longo dos anos com os Tool, Mono, Coheed & Cambria ou Minus The Bear. No dia 14 de Março, o palco do Music Box vai acolher o regresso a Portugal dos Russian Circles. Quem os viu na Galeria ZBD, a abrir para os These Arms Are Snakes, garante que se vai estar no meio de um turbilhão de emoções sónicas – dos ambientes mais melancólicos e melodias encantadoras a descargas de peso que inspiram ao abanar de cabeça.

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