Pedra de Metal

domingo, 31 de janeiro de 2010

SOUAD “Queimada Viva”

Souad tinha 17 anos e estava apaixonada.
Na sua aldeia da Cisjordânia, como em tantas outras, o amor antes do casamento era sinónimo de morte. Tendo ficado grávida, um cunhado é encarregado de executar a sentença, rega-la com gasolina e chegar-lhe fogo. Terrivelmente queimada, Souad sobrevive por milagre. No hospital para onde a levam e onde se recusam a trata-la, a própria mãe tenta assassina-la. 
Hoje, muitos anos depois, Souad decide falar em nome das mulheres que, por motivos idênticos aos seus, ainda arriscam a vida. Para o fazer, para contar ao mundo a barbaridade desta prática, ela corre diariamente sérios perigos, uma vez que o “atentado” á honra da sua família é um “crime” que ainda não prescreveu.
Temos de ter em consideração que Souad saiu do país por causa da persistência de uma jornalista.
Por mais que queiramos respeitar esta religião, não conseguimos percebe-la.
Esta obra é um testemunho comovente e aterrador, mas também um apelo contra o silêncio que cobre o sofrimento e a morte de milhares de mulheres.

1 comentário:

Anónimo disse...

Já li, é um livro muito interessante apesar das barbaries que fazem ainda hoje nesses paises