Quando o nosso Boss me propôs esta review, confesso que torci o nariz. Uma banda de power metal? Após investigar, vi que os elementos são de variadas partes da costa Leste dos Estados Unidos, vindo a reunir-se na antiga capital do Death Metal – Tampa, na Flórida!
E o que se espera de uma banda de power metal, sediada na Flórida?
Peso com fartura? Sim.
Melodia? Obviamente.
Uma voz forte e marcada? Não há duvidas!
Indo buscar influências ao que de melhor o metal americano (e não só) tem feito nesta área, temos um imenso caldeirão onde cabem bandas não só como os grandes Judas Priest, Iron Maiden, Iced Earth, ou King Diamond e Mercyful Fate, mas também Manowar, Jag Panzer ou Nevermore. Apesar da pequena variação em termos sonoros, temos uma banda extremamente competente, com guitarras sublimes, tanto nos poderosos riffs como nos solos, tão cortantes como melódicos, uma bateria que, apesar de um som meio plástico, marca o ritmo incessantemente e com um vocalista que nos lembra “Ripper” Owens no seu melhor, com ocasionais falsetos à la King Diamond, capazes de arrepiar as memórias do metaleiro mais esquecido!
Quando falamos do “The Awakening” enquanto álbum temos de realçar a coesão que denota, para além dum sentimento épico que a música carregar sem ter de usar teclados proeminentes (o uso dos mesmos é mínimo ao longo do álbum). Temos que competência é a palavra de ordem num álbum onde a originalidade não cabe mas onde a garra com que atacam as músicas faz com que nenhum verdadeiro fan de metal possa ficar indiferente a algo que transpira HEAVY METAL por todos os poros.
Mas isto podia ser todo experimental/modernaço/avantgarde e essas coisas todas? Podia, mas não era a mesma coisa!
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